A importância da soja e o papel das abelhas
A soja ocupa mais de 45 milhões de hectares no Brasil, consolidando-se como uma das principais culturas agrícolas do país.
Essa expansão fez com que a presença de abelhas se tornasse cada vez mais próxima das lavouras, gerando uma integração natural entre sojicultores e apicultores.
O produtor de soja sabe que cada detalhe no manejo impacta o resultado final da safra. Nesse cenário, surge uma questão central: como aproveitar os benefícios da polinização sem comprometer a segurança das abelhas?
Polinização na soja: ganhos comprovados de produtividade
Estudos da Embrapa mostram que a presença de uma população adequada de abelhas próximas às lavouras pode aumentar a produtividade da soja em até 13%. Em determinados anos, esse aumento chegou a 18%.
Para o produtor, esses números representam mais grãos por vagem, mais vagens por planta e, principalmente, mais sacas por hectare cultivado.
Ou seja, não se trata apenas de sustentabilidade, mas de retorno econômico direto.
O receio do produtor: como proteger as abelhas?
No manejo da soja, o maior ponto de atenção é o uso de defensivos. A cartilha destaca que a aplicação de medidas fitossanitárias é o aspecto mais sensível da integração.
Esse receio é legítimo, mas pode ser controlado com três pilares fundamentais:
- Boas práticas agrícolas: uso responsável de defensivos, respeitando condições ambientais ideais.
- Boas práticas apícolas: colônias fortes e bem cuidadas, capazes de realizar a polinização de forma eficiente.
- Boas práticas de comunicação: diálogo constante entre produtores e apicultores, incluindo aviso prévio de pulverizações e uso de aplicativos de mapeamento.
Com essas práticas, o produtor protege as abelhas, mantém a lavoura segura e garante a qualidade da safra.
Boas práticas técnicas para o manejo da soja
Esses parâmetros ajudam o produtor a evitar perdas e a preservar os polinizadores.
- Velocidade do vento: manter entre 3 e 10 km/h para reduzir o risco de deriva durante a aplicação.
- Temperatura e umidade relativa: aplicações devem ocorrer entre 15ºC e 30ºC, com umidade acima de 55%.
- Atividade das abelhas na soja: a visitação é mais intensa entre 8h e 14h, com pico entre 10h e 12h; após as 15h, praticamente não há abelhas nas lavouras.
Essas práticas são simples de adotar e trazem benefícios imediatos para a produtividade.
Integração no campo: resultados para produtores e apicultores
A integração entre soja e apicultura não é apenas uma possibilidade, mas já acontece em várias regiões.
Segundo a cartilha, agricultores têm solicitado a instalação de apiários migratórios próximos às lavouras de soja, o que tem resultado em ganhos comprovados de produtividade.
Os benefícios são claros:
- Para o produtor de soja, maior rendimento por hectare, mais estabilidade e produção sustentável.
- Para o apicultor, colheitas de mel e derivados que superam a média brasileira durante a floração da soja.
Esse modelo de parceria mostra que é possível unir produtividade e sustentabilidade, beneficiando todos os envolvidos.
Conclusão: produtividade sustentável com boas práticas
A integração entre soja e abelhas é uma oportunidade de ganho real para o produtor.
Com a aplicação das recomendações técnicas da cartilha SENAR, é possível:
- Reduzir riscos para as abelhas.
- Aumentar a produtividade da lavoura em até 13%, chegando a 18% em alguns anos.
- Fortalecer a sustentabilidade e diferenciar a produção no mercado.
O produtor de soja que adota essas práticas garante não apenas uma safra mais rentável, mas também um futuro mais seguro para sua atividade.
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📖 Fonte oficial: Cartilha SENAR – Boas práticas para integração entre apicultura e sojicultura (2025) – baixe o conteúdo completo aqui.